sábado, 17 de janeiro de 2009

Queijo branco

Estou de férias. É madrugada. Tenho olhos inchados, nariz entupido e uma certeza.
Lavei o rosto e tomei um apracur, mas o que fazer a respeito da certeza? Ah, que cabeça a minha! Não contei a vocês qual a minha certeza, desculpem a falha. Bem, eu tenho certeza que o amor é a pior coisa que inventaram. Agora que eu os disse a minha certeza digam-me, o que faço com ela? Shh... parem de gritar, essa balbúrdia é desnecessária. Agora, por favor, me expliquem o motivo desse escândalo súbito. Ah sim... como eu ouso dizer que o amor é inventado?como posso blasfemar diante de um sentimento tão puro? e blábláblá...
Não sei por onde começar,achei que vocês me entenderiam mais facilmente. Acho que o amor é como o queijo. Você tem o sentimento latente, em forma de leite, mas é só isso. O sentimento não se desenvolve. É neste ponto que entra o ser humano -maldito- e resolve transformar o sentimento em queijo, o leite em amor ou algo assim. Você já pensou em como vivem as pessoas que tem alergia a queijo? Deve ser muito ruim. Ainda bem que eu só tenho alergia ao amor. Ou ele a mim.
Acredito que o amor é fantástico; e por isso, também assustador. Eu quero dizer, como apenas um gesto ou uma palavra podem fazer tão bem ou tão mal? Porém, deixando de lado a parte onírica do amor, me diga, você consegue imaginar um australopithecus dando uma flor para sua 'mulher'? É capaz de imaginar uma 'mulher das cavernas' sentindo suas pernas fraquejarem enquanto seu 'marido' chega da caça? Bem, eu não consigo. Então, a não ser que a partir da idade média os seres humanos tenham desenvolvido um gene responsável por amar,eu sou incapaz de ver o amor como algo natural. Me desculpem apaixonados que se ofenderam lendo isso, mas eu não tenho nada contra coisas feitas em laboratórios. Adoro hamsters, por exemplo.
Depois dessa minha conversa de bar, tenho uma confissão a fazer: sou uma demagoga. Posso ter certeza de que o amor é uma invenção (talvez, Graham Bell estivesse conversando no telefone e inventou o amor sem querer) e que não é dos melhores dos sentimentos. Mas,quem vos fala é só uma menina patética e frustrada, que tenta fazer com que todos desacreditem no amor, somente porque ele não acredita nela. O mais irônico é que o significado do nome dessa menina é :amada. Mas, que piada infâme,não ?! De qualquer maneira, estou aqui somente para alertá-los sobre esta menina, não a levem a sério. O problema é que ela faria de tudo, mas o amor não quer nada sério com ela.
Atenção,carinho,sinceridade. É tudo que você quer. Atenção,carinho,sinceridade. É tudo o que posso lhe dar. Posso lhe dar tudo, mas você não quer de mim. Então, o meu tudo se transforma em nada, ela diz. E não se ofenda, não é algo que esteja sobre o seu controle portanto você não pode ter culpa. A culpa é minha por gostar de você e sua por ser gostada? Não faz sentido. Esse é um dos pontos ruins de gostar, ninguém tem culpa de nada, já que é algo inventado por um gene maluco surgido na idade média.
Você me dá esperança, é isso que me faz te amar (sim, eu disse amar)e querer te odiar. Todos os outros não me davam a mínima esperança e eu não digo que você a estimula. Surge naturalmente e eu me agarro a ela,com unhas e dentes , mesmo sem querer. Eu sei que dessa vez quando acabar, será pior do que jamais foi. Mas, é tão bom sentir esperança que quase sinto vontade de comer queijo. Queijo branco, por favor, pois é mais saudável.


04:37 AM 12/01/09
Aymée S. dos Reis

2 comentários:

  1. "Atenção,carinho,sinceridade. É tudo que você quer. Atenção,carinho,sinceridade."

    é tudo que eu gostaria.

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  2. Um gene maluco surgido na idade média + queijo + Graham Bell + amor = post fodástico (Y)

    Mas... e quando o leite fica azedo?
    Mas... e quando o queijo tá mofado?
    Mas... e se Graham Bell não tivesse nascido?
    Mas... e se o gene foi resultado de uma mutação mal-sucedida? (mal?)

    Mané amor oq rapah...

    O negócio é sair comendo! (6) O queijo! (Y)

    Bom apetite =D

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